Você, que é
pai ou educador, já deve ter ficado em dúvida, alguma vez, quanto às
verdadeiras necessidades do seu educando.
Já deve ter se
perguntado se deve atender a todos os desejos de seu filho, ou só às
necessidades.
Mas,
afinal de contas, como distinguir as reais necessidades dos desejos caprichosos
das crianças?
Aqui vão
algumas dicas que podem ser úteis na hora da decisão:
Comer, por
exemplo, é uma necessidade. Mas, comer chocolate em vez de almoçar é um desejo
que a criança tem e que não deve ser atendido para não criar problemas de
saúde.
Beber é uma
necessidade. Mas, beber apenas refrigerante é um capricho prejudicial.
Brincar também
é uma necessidade de qualquer criança. No entanto, brincar com o novo aparelho
de som do pai ou da mãe, ou com o computador, já é outra questão.
Dormir é
necessidade básica. Mas, dormir em vez de ir para a escola, e ficar até tarde
navegando na Internet, jogando vídeo game ou assistindo televisão, é outra
história.
Vestir-se
confortavelmente e de acordo com o clima é necessário Mas, exigir roupas de
determinada grife é mero capricho.
Descansar após
um ano de estudos e dedicação faz parte das necessidades físicas do ser humano.
Mas, exigir viagens para este ou àquele lugar por passar de ano, é apenas
desejo.
Carinho e
afeto também são necessidades básicas do ser. Mas, exigir atenção exclusiva a
todo momento é um desejo que não deve ser atendido quando se quer educar.
Assim, cabe
aos pais e educadores decidir se devem ou não atender alguns desejos da
criança, levando sempre em conta as possibilidades financeiras e as
oportunidades de educar.
Se nosso filho
tem várias calças, por exemplo, mas quer mais uma para a sua coleção, devemos
ponderar a respeito de comprar para que ele não nos importune, ou aproveitar a
oportunidade para orientá-lo sobre os inconvenientes do consumismo.
Se ele deseja
receber uma viagem como prêmio por ter passado de ano, podemos optar por apenas
satisfazer-lhe o desejo ou conversar sobre o assunto, de maneira a deixar claro
que só consentimos porque ele foi um bom aluno e cumpriu com as suas obrigações
junto ao lar e à família, mas que isso não se tornará regra.
O importante é
ter sempre em mente que nosso filho precisa aprender a viver com limites e
disciplina.
Importante,
também, é ensinar-lhe que nem tudo o que ele deseja ele pode ou deve ter, mesmo
que tenhamos condições de atender. Criança que tem tudo o que quer é grande
candidata à delinquência.
Suprir suas
necessidades de afeto e atenção é medida salutar, mas se deixar levar pelas
exigências movidas pelo ciúme e pelo desejo de posse, é altamente prejudicial
na formação do caráter da criança.
Algumas
crianças são extremamente inseguras e, por essa razão, desejam atenção
exclusiva para si. Pais atentos na educação vão colocando limites e contendo os
exageros.
Por todas
essas razões e outras mais é preciso estar sempre atento para as oportunidades
de dar aos filhos uma educação baseada no amor e também na razão e no bom
senso.
O verdadeiro
amor não é permissivo, é exigente e visa o crescimento do ser amado.
Em matéria de
filhos, é preciso avaliar muito bem o que é melhor para cada um, pois nem
sempre o que eles desejam os fará crescer e se tornar homens de bem.
Quem ama,
educa.
E quem educa
bem, salva.
Pense nisso!
Redação
do Momento Espírita com base no livro Limites sem traumas, de Tânia Zagury, ed. Record.
Em 16.11.2010.
Em 16.11.2010.
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