Quando
percebeste as sublimes vibrações da maternidade no teu seio, foste tomada pela
aflição, considerando-se a magnitude do evento para o qual não te sentias
preparada.
Não desejavas um filho, nem
esperavas que o incidente sexual de que participaste, resultasse na
concepção...
De imediato surgiu-te a
ideia infeliz do aborto criminoso como solução para o que se te apresentava
como problema desafiador.
Anelavas por um futuro rico
de oportunidades e de triunfos, o que então se tornaria difícil em razão da
presença do filhinho não programado e que nasceria em circunstâncias
desfavoráveis.
Quando comunicaste ao
companheiro responsável pela tua gravidez, de maneira cruel e cínica, ele
escusou-se a qualquer responsabilidade, informando que eras adulta e conhecias
os métodos impeditivos da concepção, havendo-te permitido a fecundação com
intenções secundárias e infamantes...
A seguir, desapareceu da
tua existência, deixando-te abatida e insegura, dominada pelo medo de enfrentar
a família e a sociedade que te não compreenderiam a conduta.
Felizmente, na
circunstância aflitiva, resolveste buscar refúgio na oração em que leniste a
alma sofrida, tomando a decisão de prosseguir corajosamente.
Aqueles eram dias de muita
hipocrisia e intolerância.
Nada obstante, aceitaste o
desafio, pagando o preço da atitude impensada, quando te facultaste a comunhão
sexual irresponsável, e enfrentaste todos os empecilhos que se te
apresentaram...
...E renasceu nos teus
braços o anjo filial que santificou a tua maternidade.
Embora as dificuldades que
advieram, os sacrifícios que te impuseste na condição de mãe solteira e
solitária, conseguiste avançar com decisão, amparando o filhinho amado que se
transformou na razão mais nobre da tua atual existência.
Transformaste as noites
insones ao seu lado febril em experiências de iluminação, entregue ao desvelo e
à meditação.
Acompanhaste todos os teus
passos inseguros e tentativas de crescimento, oferecendo-lhe ternura,
autoconfiança e amor.
O tempo transcorreu lento,
mas feliz.
Hoje, quando recordas a
jornada vivenciada, emocionas-te e agradeces a Deus haver-te concedido a bênção
da maternidade, que soubeste santificar através do amor e da abnegação.
Nunca te arrependeste da
decisão de tornar-te mãe.
Aureolada pelos júbilos do
dever cumprido, sorris, jubilosamente, e, ditosa, bendizes o filhinho que se transformou
em cidadão e ao teu lado está construindo o mundo novo de esperanças e
realizações edificantes pelo qual todos lutamos.
Deus te abençoe, mãe
abnegada e feliz!
*
A maternidade, em qualquer
circunstância em que se apresente, é dádiva sublime do amor de Deus para todas
as criaturas.
Por mais perversa
apresente-se a situação em que se concebeu, jamais se permita o aborto
criminoso, ceifando a vida do ser inocente que necessita experienciar a
oportunidade de crescimento para Deus e para si mesmo.
Ser mãe é tornar-se
cocriadora com a Divindade, em sublime oportunidade de santificação.
Viver, portanto, a
maternidade em todas as suas expressões, é conquista sublime da criatura humana
no seu processo antropopsicológico da evolução.
Divaldo Pereira Franco. Pelo Espírito Amélia
Rodrigues.
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