Não raro, encontramos, aqui e ali, os irmãos doentes por
desajustes emocionais. Quase sempre, não caminham. Arrastam-se. Não
dialogam. Cultuam a queixa e a lamentação.
E provado está que, na Terra, a tensão emocional da criatura
encarnada se dilata com o tempo.
Insegurança, conflito íntimo, frustração, tristeza, desânimo,
cólera, inconformidade e apreensão, com outros estados negativos da alma,
espancam sutilmente o corpo físico, abrindo campo a moléstia de etiologia
obscura, à força de se repetirem constantemente, dilapidando o cosmo
orgânico.
*
Se conseguires aceitar a existência de Deus e a prática salutar
dessa ou daquela religião em que mais te reconfortes, preserva-te contra
semelhantes desequilíbrios.
*
Começa, aceitando a própria vida, tal qual é, procurando
melhorá-la com paciência.
Aprende a estimar os outros, como se te apresentem, sem
exigir-lhes mudanças imediatas.
Dedica-te ao trabalho em que te sustentes, sem desprezar a pausa
de repouso ou o entretenimento em que se te restaurem as energias.
Serve ao próximo, tanto quanto puderes.
Detém-te no lado melhor das situações e das
pessoas, esquecendo o que te pareça inconveniente ou desagradável.
Não carregues ressentimentos.
Cultiva a simplicidade, evitando a carga de complicações e de
assuntos improdutivos que te furtem a paz.
Admite o fracasso por lição proveitosa, quando o fracasso possa
surgir.
Tempera a conversão com o fermento da esperança e da alegria.
Tanto quanto possível, não te faças problema para ninguém,
empenhando-te a zelar por ti mesmo.
Quando a lembrança do passado não contenha valores reais, olvida o
que já se foi, usando o presente na edificação do futuro melhor.
Se o inevitável acontece, aceita corajosamente as provas em vista,
na certeza de que todas as criaturas atravessam ocasiões de amarguras e
lágrimas.
Oferece um sorriso de simpatia e bondade, seja a quem for.
Quanto à morte do corpo, não penses nisso, guardando a convicção
de que ninguém existiu no mundo sem a necessidade de enfrentá-la.
E, trabalhando e servindo sempre, sem esperar outra recompensa que
não seja a bênção da paz na consciência própria, nenhuma tensão emocional
te criará desencanto ou doença, de vez que se cumpres o teu dever com
sinceridade, quando te falte força Deus te sustentará e onde não possas
fazer todo o bem que desejas realizar Deus fará sempre a parte mais
importante.
Do livro Companheiro,
de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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Um comentário:
Adorei!
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