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"João Ricardo Ferreira"

domingo, 26 de julho de 2015

VELÓRIO

Você já esteve em algum velório? Há muita gente que diz detestar velórios. É deprimente! – Contam. – Uma choradeira sem fim. – Dizem outros. Quando eu morrer, não quero nada disso, enterrem-me logo. – Pedem alguns.
O velório é um sagrado dever de solidariedade, em que os amigos ofertam conforto à família. É também o período em que, a pouco e pouco, os Espíritos do bem irão desatando os laços que unem o Espírito ao corpo agora morto, para sua total libertação. É um momento solene importante.
Infelizmente, poucos sabemos nos portar de forma correta em um velório.
Antigamente, havia as carpideiras, que expressavam gritos e lamentos e sua aflição. Enquanto enumeravam as virtudes do falecido, profissionais da dor, tanto mais choravam, quanto mais importante fosse o morto.
Hoje parece que chegamos ao extremo oposto em que o velório é encarado como uma reunião social. Os velhos amigos se reencontram e põem a conversa em dia. Os parentes tornam a se ver e também colocam em dia as novidades. Contam-se piadas, fala-se de futebol, política, sexo, modas. Não há sequer, a preocupação em baixar o tom de voz. E a zoeira vai ficando maior, a medida que se aproxima a hora do enterro. Porque um número maior de pessoas vai se concentrando.
O falecido é lembrado por alguns com palavras elogiosas. Morreu, virou santo. – Diz o povo. Mas há sempre quem lembre das infelicidades cometidas por ele. Brincadeiras e fofocas proliferam.
Tudo isso é desconfortante para o Espírito, não totalmente desligado do corpo. Preso ainda à residência corporal, transformada em ruína pela morte, ele recebe o impacto das vibrações desrespeitosas e negativas, que o atingem de forma penosa.
Principalmente as de caráter pessoal. Sofre assim o Espírito, embora muitas vezes se encontre em estado de inconsciência.
É interessante que se comece a pensar no velório como uma sala de tratamento intensivo, onde delicadas operações se estão processando e auxiliar o Espírito desencarnado, com respeitoso silêncio.
Nosso conceito de o que fazer, e como fazer em tal situação deve mudar. Ambiente calmo, que convide à oração. Conversas em voz baixa, de assuntos edificantes. Se nada tiver que possa falar de bem a respeito do que partiu, limitar-se a calar. Nem mentiras, também não recordações das suas más ações, que o prejudicam agora, infelicitando-o. Basta-lhe a própria consciência a lhe dizer dos erros cometidos.
Sala simples onde só as flores da sinceridade se encontrem, não o exagero que o dinheiro compra, mas o coração não participa.
Que a oração seja sempre lembrada e, no decorrer das horas, os familiares, os amigos sejam convidados a se unirem em prece pelo Espírito que se está libertando.
Para os que permanecem, os afetos, os abraços de carinho, fraternos, o aperto de mão amigo que expressa: Conte comigo, estou ao teu lado.
 É dolorosa a hora da separação pela morte. Possivelmente, um dos transes mais dolorosos na face da Terra. Por isso mesmo, o apoio dos verdadeiros afetos e a  solidariedade se fazem tão importantes.
Um dia, também estaremos deitados numa urna mortuária, e, se ainda presos às impressões da vida física, desejaremos ardentemente que nos respeitem a memória. Não perturbem nosso desligamento.
Desejaremos que nos amparem com os valores do silêncio e da oração, da serenidade e da compreensão, a fim de que possamos atravessar com segurança os umbrais da vida eterna.

A vida continua e com a vida o amor cresce, cada vez mais, fortalecendo os laços que nos santificam as esperanças.


Redação do Momento Espírita, com base no
cap. 21 a 23 do livro 
Quem tem medo da morte?,
de Richard Simonetti, ed. Gráfica São João, e do verbete Amor,
do livro 
Dicionário da alma, por Espíritos diversos, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 20.11.2013.

sábado, 11 de julho de 2015

A BAGAGEM

Existe um personagem de desenhos animados infantis que tem um certo toque de mistério e magia.
Seu nome é Gato Félix. A todo lugar que vá, ele leva a sua maleta. É uma maleta especial, pequena. E tudo o que ele deseja, tira da dita maleta.
Se for hora do lanche, ele encontra frutas, sanduíches e sucos. Se necessitar fazer um conserto, as ferramentas lá estão. Sempre as certas e precisas.
Se chover de repente, basta abrir a maleta para encontrar capa, guarda-chuva, botas. E assim em qualquer situação.

Cada um de nós também possui uma pequena mala de mão, em nossa vida, mais ou menos parecida com a do personagem infantil.
Quando a vida começa, temos em mãos a pequena mala. À medida que os anos passam, a bagagem, dentro dela, vai aumentando.
É que vamos colocando tudo o que recolhemos pelo caminho. Algumas coisas muito importantes. Outras, nem tanto. Muitas, dispensáveis.
Chega um momento em que a bagagem começa a ficar insuportável de ser carregada. Pesa demais.

Nesse momento, o melhor mesmo é aliviar o peso, esvaziar a mala.

Você examina o conteúdo e vai pondo para fora.
Amor, amizade. Curioso, não pesam nada.
Depois você tira a raiva. Como ela pesa! Na sequência, você tira a incompreensão, o medo, o pessimismo.
Nesse momento, você encontra o desânimo. Ele é tão grande que, ao tentar tirá-lo, ele é que quase o puxa para dentro da mala.
Por fim, você encontra um sorriso. Bem lá no fundo, quase sufocado.
Pula para fora outro sorriso. E mais outro. Aí você encontra a felicidade.
Mas ainda tem mais coisas dentro da mala. Você remexe e encontra a tristeza. É bom jogá-la fora.
Depois, você procura a paciência dentro da mala. Vai precisar bastante dela.
E também procura a força, a esperança, a coragem, o entusiasmo, o equilíbrio, a responsabilidade, a tolerância e o bom e velho humor.
A preocupação que você encontrar, deixe de lado. Depois você pensa o que fazer com ela.
Bem, agora que você tirou tudo da sua mala, deve arrumar toda a bagagem.
Pense bem no que vai colocar lá dentro de novo. Isso é com você.
E depois de toda a bagagem pronta, o caminho recomeçado, lembre de repetir a arrumação vez ou outra.
O caminho é longo até chegar ao final da jornada e você terá que carregar a mala o tempo todo.
E quando chegar do outro lado é bom que em sua bagagem tenha o máximo de coisas positivas, como boas obras, amizades, carinho, amor.
Porque isso tudo não pesa na sua bagagem, enquanto na Terra. Mas quando for colocada na balança da justiça, para além da existência física, pesará e muito, positivamente.
*   *   *
A vida é uma grande viagem. Durante um tempo excursiona-se pelas paisagens terrenas.
É um período para estudar, trabalhar, progredir.
Um dia, retorna-se para a estação espiritual. É o momento de contar as conquistas e as perdas. Os erros e os acertos.
Que a nossa bagagem, nesse dia, possa estar repleta de virtudes, o bem praticado, afetos conquistados para nossa própria e grande felicidade.
 Redação do Momento Espírita com base em artigo de autoria ignorada.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 5, ed. Fep.
Em 09.03.2012.


ACEITA A CORREÇÃO

Paulo, Apóstolo, em sua Epístola aos Hebreus, prescreve:

Na verdade, toda correção, no presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça naqueles exercitados por ela...
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Como você tem lidado com as correções que recebe?
Você é daquelas pessoas que não admite ser corrigida?
Que mesmo que o outro tenha razão nos apontamentos, não dá o braço a torcer e não assume que errou, na presença de alguém?
Ou já consegue absorver bem as críticas, sorvendo o que elas podem lhe trazer de bom?
Quanto é difícil para você dizer: Desculpe, você está certo?
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Reflitamos com a mensagem do Espírito Emmanuel, do livro Fonte Viva:

A terra, sob a pressão do arado, rasga-se e dilacera-se, no entanto, a breve tempo, de seus sulcos retificados brotam flores e frutos deliciosos.
A árvore, em regime de poda, perde grandes reservas de seiva, desnutrindo-se e afeando-se, todavia, em semanas rápidas, cobre-se de nova robustez, habilitando-se à beleza e à fartura.
A água humilde abandona o aconchego da fonte, sofre os impositivos do movimento, alcança o grande rio e, depois, partilha a grandeza do mar.
Qual ocorre na esfera simples da natureza, acontece no reino complexo da alma.
A corrigenda é sempre rude, desagradável, amargurosa? mas, naqueles que lhe aceitam a luz, resulta em frutos abençoados de experiência, conhecimento, compreensão e justiça.
A terra, a árvore e a água suportam-na, através de constrangimento, mas o homem, campeão da inteligência no planeta, é livre para recebê-la e ambientá-la no próprio coração.
O problema da felicidade pessoal, por isso mesmo, nunca será resolvido pela fuga ao processo reparador.
Exterioriza-se a correção celeste em todos os ângulos da Terra.
Raros, contudo, lhe aceitam a bênção, porque semelhante dádiva, na maior parte das vezes, não chega envolvida em brancura, e, quando levada aos lábios, não se assemelha a saboroso confeito.
Surge, revestida de espinhos ou misturada de fel, como remédio curativo e salutar.
Não percamos, portanto, a preciosa oportunidade de aperfeiçoamento.
A dor e o obstáculo, o trabalho e a luta são recursos de sublimação que nos compete aproveitar.
*   *   *
Só não suporta críticas aquele que ainda é dominado pelo vício do orgulho.
Por mais duras que sejam e, por vezes, carregadas de veneno, precisamos aprender com elas, retirando apenas o remédio de que necessitamos para crescer.
Essa é a postura da humildade, é a postura daqueles que ganham a existência, que avançam sem cessar.
Os orgulhosos, os teimosos, os endurecidos, esses ficam para trás, estagnados.
Não tenha medo de ser criticado. Se você se enxerga muito suscetível, isto é, aquele que a qualquer sinal de correção se magoa, se retrai, é bom rever as atitudes, refazer os caminhos.
O mundo de provas e expiações é também o mundo da lapidação. Pedras brutas que somos vamos sendo esculpidas pela vida, e as críticas são poderoso cinzel, que não deve nos dar medo.
Aceitemos a correção.

Redação do Momento Espírita, com base no
cap. 6, do livro 
Fonte Viva, pelo Espírito
Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido
Xavier, ed. FEB.
Em 25.7.2014.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

AÇÃO DE PAZ

A paz é um dos tesouros mais desejados nos dias atuais. Muito se tem investido para se conseguir um pouco desse bem tão precioso.
Mas, será que nós, individualmente, temos feito investimentos efetivos visando tal conquista?
O que geralmente ocorre é que temos investido nossos esforços na direção contrária, e de maneira imprópria.
É muito comum se desejar a paz e buscá-la por caminhos tortos, que acabam nos distanciando dela ainda mais.
O Espírito Emmanuel, através da mediunidade de Chico Xavier, escreveu, certa feita, uma mensagem que intitulou Ação de paz:
Aflição condensada é semelhante à bomba de estopim curto, pronta a explodir a qualquer contato esfogueante.
Indispensável saber preservar a tranquilidade própria, de modo a sermos úteis na extinção dessa ou daquela dificuldade.
Decerto que, para cooperar no estabelecimento da paz, não nos seria lícito interpretar a calma por inércia.
Paciência é a compreensão que age sem barulho, em apoio da segurança geral.
Refletindo com acerto, recebe a hora de crise sem qualquer ideia de violência, porque a violência sempre induz ao estrangulamento da oportunidade de auxiliar.
Diante de qualquer informação desastrosa, busca revestir-te com a serenidade possível para que não te transformes num problema, pesando no problema que a vida te pede resolver.
Não afogues o pensamento nas nuvens do pessimismo, mentalizando ocorrências infelizes que, provavelmente, jamais aparecerão.
Evita julgar pessoas e situações em sentido negativo para que o arrependimento não te corroa as forças do Espírito.
Se te encontras diante de um caso de agressão, não respondas com outra agressão, a fim de que a intemperança mental não te precipite na vala da delinquência.
Pacifica a própria sensibilidade, para que a razão te oriente os impulsos.
Se conservas o hábito de orar, recorre à prece nos instantes difíceis, mas se não possuis essa bênção, medita suficientemente antes de falar ou de agir.
Os impactos emocionais, em qualquer parte, surgem na estrada de todos; guarda, por isso, a fé em Deus e em ti mesmo, de maneira a que não te afastes da paz interior, a fim de que nas horas sombrias da existência possa a tua paz converter-se em abençoada luz.
As palavras lúcidas de Emmanuel nos sugerem profundas reflexões em torno da nossa ação diária.
Importante que, na busca pela paz, não venhamos a ser causadores de desordem e violência.
Criando um ambiente de paz na própria intimidade, poderemos colaborar numa ação efetiva para que a paz reine em nosso lar, primeiramente, e, depois possa se estender mundo afora.
Se uma pessoa estiver permanentemente em ação de paz, o mundo à sua volta se beneficiará com essa atitude.
E se a paz mundial ainda não é realidade em nosso planeta, façamos paz em nosso mundo íntimo. Essa atitude só depende de uma única decisão: a nossa.
*   *    *
A nossa paz interior é capaz de neutralizar o ódio de muitas criaturas.
Se mantivermos acesa a chama da paz em nossa intimidade, então podemos acreditar que a paz mundial está bem próxima.
Porque, na verdade, a paz do mundo começa no íntimo de cada um de nós.
 Redação do Momento Espírita, com base em
                                                                                            mensagem do livro Urgência, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de
                                                                                                                                                  Francisco Cândido Xavier, ed. GEEM.
                                                                                                                                                                                   Em 17.6.2013.

A MORTE DE DIMAS - O PROCESSO DE DESENCARNAÇÃO

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