"Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações." - Paulo. (HEBREU 5, 3:15.)
Encarecer a oportunidade de regeneração espiritual na vida
física nunca será argumento fastidioso nos círculos de
educação religiosa.
O corpo denso, de alguma forma, representa o molde
utilizado pela compaixão divina, em nosso favor, em grande
número de reencarnações, para reajustar nossos hábitos e
aprimora-los.
A carne, sob muitos aspectos, é barro vivo de sublime
cerâmica, onde o Oleiro Celeste nos conduz muitas vezes, à
mesma forma, ao calor da luta, a fim de aperfeiçoar- nos o
veículo sutil de manifestação do espírito eterno; entretanto,
quase sempre, estragamos a oportunidade, encaminhando-
nos para a inutilidade ou para a ruína.
Dentro do assunto, porém, a palavra de Paulo é valiosa e
oportuna.
Enquanto puderes escutar ou perceber a palavra Hoje, com a
audição ou com a reflexão, no campo fisiológico, vale-te do
tempo para registrar as sugestões divinas e concretizá-las em
tua marcha.
Para o homem brutalizado a morte não traz grandes
diferenças. A ignorância passa o dia na impulsividade e a
noite na inconsciência, até que o tempo e o esforço
individual operem o desgaste das sombras, clareando-lhe o
caminho.
Aqui, todavia, nos referimos à criatura medianamente
esclarecida.
Todos os pequenos maus hábitos, aparentemente
inexpressivos, devem ser muito bem extirpados pelos seus
portadores que, desde a Terra, já disponham de algum
conhecimento da vida espiritual, porque um dos maiores
tormentos para a alma desencarnada, de algum modo
instruída sobre os caminhos que se desdobram além da
morte, é sentir, nos círculos de matéria sublimada, flores e
trevas, luz e lama dentro de si mesma.
XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 169.
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