Em uma de suas
famosas Epístolas, Paulo de Tarso exortou seus irmãos na fé a que nunca
cansassem de fazer o bem.
Ainda hoje, os homens
persistem necessitados desse conselho.
É comum encontrar
pessoas que se declaram cansadas de praticar o bem.
Reclamam que o
proceder justo não produz os frutos desejados.
Bradam contra a
ingratidão alheia.
Sustentam que os
desonestos e os maus prosperam de forma indevida.
Contudo, semelhantes
alegações jamais procedem de fonte pura.
Muitos se dizem
amantes e praticantes do bem, mas procuram antes de mais nada satisfazer seus
interesses pessoais.
Quando não conseguem
atender seus propósitos egoístas, caem em um estado de tédio bem próximo do
desespero.
Se amassem o bem, sem
qualquer objetivo oculto, ficariam satisfeitos com a correção da própria
conduta.
É indispensável muita
prudência quando principiamos a cansar do bom combate.
Quando começamos a
pensar nos males que nos assaltam, depois do bem que julgamos ter semeado ou
nutrido.
Será que agimos
corretamente na expectativa de obter privilégios da Ordem Cósmica?
Achamos que a
honestidade ou o trabalho devem funcionar como anteparo às dores próprias da
condição humana?
Aceitamos viver com
dignidade, desde que o caminho siga sempre florido?
O aprendiz sincero do
Evangelho não ignora que Jesus exerce Seu ministério de amor sem Se exaurir.
Desde o princípio da
organização do planeta, o Mestre labora por todos os seus habitantes, a Ele
confiados pela Divindade.
Muitos Espíritos se
comprometeram com a construção do bem na Terra, mas recuaram no momento do
testemunho.
Incontáveis belas
promessas, feitas no plano espiritual, não se concretizaram.
Entretanto, a
realização desses trabalhos e promessas funcionaria primordialmente como fator
iluminativo dos próprios envolvidos.
Os demais se
beneficiariam dos exemplos recebidos, mas a luz brotaria mesmo é no íntimo dos
trabalhadores do bem.
Mesmo verificando os
desvios e recuos de seus emissários, a paciência do Cristo jamais se esgota.
Ele segue a todos
corrigindo, amando e tolerando.
Estende de forma
incansável Seus braços misericordiosos e sempre faculta outras atividades
renovadoras.
Assim, Jesus tem
suportado e esperado através de tantos séculos.
Por que razão não
podem homens falíveis experimentar, de ânimo firme, algumas pequenas decepções
durante alguns dias?
A observação de Paulo
a seus irmãos é justa e persiste atual.
Quem realmente ama o
bem não se cansa de praticá-lo e vivê-lo.
Se nos entediamos do
bom caminho, trata-se de um desastre pessoal.
Ele sinaliza que não
conseguimos emergir do mal que ainda reside em nós.
Pensemos nisso.
Redação
do Momento Espírita, com base no cap. 11 do livro Pão nosso, pelo
Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 01.12.2010.
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