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quinta-feira, 31 de julho de 2014

EXAMINEMOS A NÓS MESMO

Livro dos Espíritos – Questão 919

O dever do espírita-cristão é tornar-se progressivamente melhor.
Útil, assim, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa verdadeira situação íntima.
Espírita que não progride durante três anos sucessivos permanece estacionário. Testa a paciência própria: – Estás mais calmo, afável e compreensivo? Inquire as tuas relações na experiência doméstica: – Conquistaste mais alto clima de paz dentro de casa?
Investiga as atividades que te competem no templo doutrinário: – Colaboras com mais euforia na seara do Senhor?
Observa-te nas manifestações perante os amigos: – Trazes o Evangelho mais vivo nas atitudes?
Reflete em tua capacidade de sacrifício: – Notas em ti mesmo mais ampla disposição de servir voluntariamente?
Pesquisa o próprio desapego: – Andas um pouco mais livre do anseio de influência e de posses terrestres?
Usas mais intensamente os pronomes “nos”, “nosso” e “nossa” e menos os determinativos “eu”, “meu” e “minha”?
Teus instantes de tristeza ou de cólera surda, às vezes tão conhecidos somente por ti, estão presentemente mais raros?
Diminuíram-te os pequenos remorsos ocultos no recesso da alma? Dissipaste antigos desafetos e aversões? Superastes os lapsos crônicos de desatenção e negligência? Estudas mais profundamente a Doutrina que professas?
Entendes melhor a função da dor? Ainda cultivas alguma discreta desavença? Auxilias aos necessitados com mais abnegação?
Tens orado realmente?
Teus ideais evoluíram?
Tua fé raciocinada consolidou-se com mais segurança?
Tens o verbo mais indulgente, os braços mais ativos e as mãos mais abençoadoras?
Evangelho é alegria no coração: – Estás, de fato, mais alegre e feliz intimamente, nestes três últimos anos?
Tudo caminha! Tudo evolui! Confiramos o nosso rendimento individual com o Cristo!
Sopesa a existência hoje, espontaneamente, em regime de paz, para que te não vejas na obrigação de sopesá-la amanhã sob o impacto da dor.
Não te iludas! Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade, mais um passo rumo à Vida Espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou perdida.
Interroga a consciência quanto à utilidade que vens dando ao tempo, à saúde e aos ensejos de fazer o bem que desfrutas na vida diária.
Faze isso agora, enquanto te vales do corpo humano, com a possibilidade de reconsiderar diretrizes e desfazer enganos facilmente, pois, quando passares para o lado de cá, muita vez, já será mais difícil…

OPINIÃO ESPÍRITA
(Obra Psicografada por Chico Xavier e Waldo Vieira, ditada por Emmanuel e André Luiz).

REFORMA ÍNTIMA – CAMINHO E PRINCÍPIOS

O CONHECIMENTO DE SI MESMO E A REFORMA ÍNTIMA.

    Os Espíritos são muito claros nas lições relativas à reforma íntima. Ela deve ser constantemente buscada. Todos sabemos o significado prático, que é o de melhora e aperfeiçoamento de nossas más qualidades. Hábitos melhores, pensamentos melhores, ações melhores, enfim, a eterna busca pela perfeição que ainda é incapaz de se concretizar no ser humano.

    Em diversas obras, especialmente as de André Luiz, temos os relatos de caráter prático em situações cotidianas de encarnados e desencarnados, sobre o mecanismo funcional da justiça divina e suas consequências.  A reforma é o óleo lubrificante das engrenagens de um destino melhor criado por nós mesmos.

    Emmanuel narrou com maestria a história de Paulo & Estevão, quando o primeiro, ainda Saulo, era um nobre doutor da lei mosaica, sábio para sua época e para seus costumes, mas que foi dragado por uma trama em que se viu vilão de seus hábitos e costumes, sendo um exemplo vivo de como a vontade e as ações qualificam a reforma íntima. Quando já era Paulo de Tarso, sofreu muito, mas se depurou de forma admirável, ainda muito distante para nós.

    André Luiz traz a Doutrina para seu foco prático e de funcionamento, enquanto Emmanuel assinala em suas obras o aspecto moral e sua importância. O conjunto destes autores forma o que seria um “guia para reforma íntima”.  Eis o porque de tão importante para um aprendiz Espírita, estudar com profundidade e paciência. Não se trata de quem estuda mais ou termina antes, mas daquele que tem humildade de reler várias vezes e adquirir novos entendimentos, que sabe que até o final de sua encarnação, poderá adquirir pouco mais do que uma fração da verdade.

   Internalizar o Consolador prometido já é uma vitória, tentar aprender através de estudos sérios, é um passo importante.
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O LIVRO DOS ESPÍRITOS
V – CONHECIMENTO DE SI MESMO


919. Qual o meio prático mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir ao arrastamento do mal?

– Um sábio da Antiguidade vos disse: “Conhece-te a ti mesmo”.
919-a. Compreendemos toda a sabedoria dessa máxima, mas a dificuldade está precisamente em se conhecer a si próprio. Qual o meio de chegar a isso?
– Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra: no fim de cada dia interrogava a minha consciência, passava em revista o que havia feito e me perguntava a mim mesmo se não tinha faltado ao cumprimento de algum dever, se ninguém teria tido motivo para se queixar de mim. Foi assim que cheguei a me conhecer e ver o que em mim necessitava de reforma. Aquele que todas as noites lembrasse todas as suas ações do dia e se perguntasse o que fez de bem ou de mal, pedindo a Deus e ao seu anjo guardião que o esclarecessem, adquiriria uma grande força para se aperfeiçoar, porque, acreditai-me, Deus o assistirá. Formulai, portanto, as vossas perguntas, indagai o que fizestes e com que fito agistes em determinada circunstância, se fizestes alguma coisa que censuraríeis nos outros, se praticastes uma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda isto: Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, ao entrar no mundo dos Espíritos, onde nada é oculto, teria eu de temer o olhar de alguém? Examinai o que pudésseis ter feito contra Deus, depois contra o próximo e por fim contra vós mesmos. As respostas serão motivo de repouso para vossa consciência ou indicarão um mal que deve ser curado.

O conhecimento de si mesmo é portanto a chave do melhoramento individual. Mas, direis, como julgar a si mesmo? Não se terá a ilusão do amor-próprio, que atenua as faltas e as torna desculpáveis? O avaro se julga simplesmente econômico e previdente, o orgulhoso se considera tão somente cheio de dignidade. Tudo isso é muito certo, mas tendes um meio de controle que não vos pode enganar. Quando estais indecisos quanto ao valor de uma de vossas ações, perguntai como a qualificaríeis se tivesse sido praticada por outra pessoa. Se a censurardes em outros, ela não poderia ser mais legítima para vós, porque Deus não usa de duas medidas para a justiça. Procurai também saber o que pensam os outros e não negligencieis a opinião dos vossos inimigos, porque eles não têm nenhum interesse em disfarçar a verdade e geralmente Deus os colocou ao vosso lado como um espelho, para vos advertirem com mais franqueza do que o faria um amigo. Que aquele que tem a verdadeira vontade de se melhorar explore, portanto, a sua consciência, a fim de arrancar dali as más tendências como arranca as ervas daninhas do seu jardim; que faça o balanço da sua jornada moral como o negociante o faz dos seus lucros e perdas, e eu vos asseguro que o primeiro será mais proveitoso que o outro. Se ele puder dizer que a sua jornada foi boa, pode dormir em paz e esperar sem temor o despertar na outra vida.

Formulai, portanto, perguntas claras e precisas e não temais multiplicá-las: pode-se muito bem consagrar alguns minutos à conquista da felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias para ajuntar o que vos dê repouso na velhice? Esse repouso não e o objeto de todos os vossos desejos, o alvo que vos permite sofrer as fadigas e as privações passageiras? Pois bem: o que é esse repouso de alguns dias, perturbado pelas enfermidades do corpo, ao lado daquilo que aguarda o homem de bem? Isto não vale a pena de alguns esforços? Sei que muitos dizem que o presente é positivo e o futuro incerto. Ora, aí está, precisamente, o pensamento que fomos encarregados de destruir em vossas mentes, pois desejamos fazer-vos compreender esse futuro de maneira a que nenhuma dúvida possa restar em vossa alma. Foi por isso que chamamos primeiro a vossa atenção para os fenômenos da Natureza que vos tocam os sentidos e depois vos demos instruções que cada um de vós tem o dever de difundir. Foi com esse propósito que ditamos O livro dos Espíritos.
Santo Agostinho

[observação de Kardec]
Muitas faltas que cometemos nos passam despercebidas. Se, com efeito, seguindo o conselho de Santo Agostinho, interrogássemos mais frequentemente a nossa consciência, veríamos quantas vezes  falimos sem disso nos apercebermos, por não perscrutarmos a natureza e o móvel dos nossos atos. A forma interrogativa tem alguma coisa de mais preciso do que uma máxima que em geral não aplicamos a nós mesmos. Ela exige respostas categóricas, por um sim ou um não, que não deixam lugar a alternativas: respostas que são outros tantos argumentos pessoais, pela soma das quais podemos computar a soma do bem e do mal que existe em nós

terça-feira, 29 de julho de 2014

O VENCEDOR

"E Eu, quando levantado da terra, atrairei todos a mim." (João:12-32)
Jesus veio para inaugurar na terra o reino do amor. Encontrou dificuldades de toda natureza, porque os homens daqueles dias em que ele viveu entre nós, estavam acostumados ao poder e à força.
As criaturas se encontravam divididas entre senhores e escravos, poderosos e os sem valor nenhum.
A vida não era respeitada, porque a guerra destruía as esperanças e submetia os que não podiam vencer, deles fazendo infelizes sem liberdade.
Quando Jesus ensinou que todos os homens são iguais e que as diferenças se fazem somente através das conquistas morais, houve aborrecimentos por parte dos que governavam e queriam manter o estado de coisas no ritmo em que se encontrava.
Ele, porém, continuou a ensinar o amor a todos os seres, o perdão a todas as ofensas e a humildade como formas de crescimento para Deus. Vivia cercado pelos pobres, pelos sofredores, pelos que eram desprezados e não mereciam nenhuma consideração.
Em qualquer lugar em que ele aparecia, as multidões se aproximavam para o ouvir e receber das suas mãos o alimento da paz, a esperança de felicidade e a saúde. Nada conseguia perturbar Jesus. Ele convidou doze homens para que se tornassem seus discípulos, porque era o mais sábio do mundo, assim fazendo-se mestre de todos.
Esses amigos o amavam, mas não compreendiam a missão dele, o reino que fundava. Porque sofriam, e eram pobres, esperavam que ele se tornasse rei do país onde todos eles haviam nascido, e que se chamava Israel.
Ele demonstrava não ter interesse pelas coisas do mundo, nem pelas posições de destaque social na terra. Renunciava a tudo: aos aplausos, às gratidões, aos jogos humanos.
Mas, os companheiros não entendiam a sua atitude e ficavam inquietos. Eles amavam a Deus, mas queriam a felicidade no mundo. Jesus, no entanto, ensinou-lhes, dizendo:
- Eu sou o caminho para Deus, que e a verdade e a vida, e ninguém consegue compreender essa realidade, senão por meu intermédio.
Cada vez que ele apresentava lições tão profundas, que contrariavamos religiosos da época, aumentavam os ódios contra a sua vida.
Foi durante a sua visita a Jerusalém, que era a capital de Israel, como ainda hoje, durante umas festas chamadas de Páscoa, que Ele foi preso e levado a um julgamento injusto.
Judas, que era também seu discípulo, o vendeu aos sacerdotes, traindo o seu amor. E pedro, que igualmente o amava muito, quando foi apontado como sendo seu amigo, respondeu com medo, por três vezes:
- Eu nunca vi esse homem!
Os dois se arrependeram, quando o viram, depois de condenado, ser crucificado, no alto de um monte que era conhecido pelo nome de Calvário. Judas, atormentado, suicidou-se, envergonhado do que fizera, cometendo, com esse ato, um crime muito grave diante de Deus.
Pedro procurou recuperar-se, também arrependido, vivendo totalmente dedicado a pregar e a viver a doutrina que ele havia ensinado. E, de fato, foi na cruz, erguido da terra, que todos compreenderam que Jesus era o verdadeiro vencedor do mundo.
Embora houvesse morrido, ele ressuscitou, três dias depois, e voltou a conviver com os amigos, aparecendo até aos estranhos, num lugar onde estavam quase quinhentas pessoas, num monte, escutando João, que era o seu discípulo amado, falando a respeito dele.
O verdadeiro vencedor não é aquele que domina os outros, mas quem consegue dominar os seus ímpetos, amando sem qualquer rancor de ninguém, nem mesmo daqueles que o persigam e maltratem.
FRANCO, Divaldo Pereira. O Vencedor. Pelo Espírito Amélia Rodrigues. LEAL.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Comecemos de nós mesmos

Ensina a caridade, dando aos outros algo de ti mesmo, em forma de trabalho e carinho e aqueles que te seguem os passos virão ao teu encontro oferecendo ao bem quanto possuem.
*
Difunde a humildade, buscando a Vontade Divina com esquecimento de teus caprichos humanos e os companheiros de ideal, fortalecidos por teu exemplo, olvidarão a si mesmos, calando as manifestações de vaidade e de orgulho.
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Propaga a fé, suportando os revezes de teu próprio caminho, com valor moral e fortaleza infatigável e quem te observa crescerá em otimismo e confiança.
*
Semeia a paciência, tolerando construtivamente os que se fazem instrumentos de tua dor no mundo, auxiliando sem desânimo e amparando sem reclamar, e os irmãos que te buscam mobilizarão os impulsos de revolta que os fustigam, na luta de cada dia, transformando-a em serena compreensão.
*
Planta a bondade, cultivando com todos a tolerância e a gentileza e os teus associados de ideal encontrarão contigo a necessária inspiração para o esforço de extinção da maldade.
*
Estende as noções do serviço e da responsabilidade, agindo incessantemente na religião do dever cumprido e os amigos do teu círculo pessoal envergonhar-se-ão da ociosidade.
*
As boas obras começam de nós mesmos.
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Educaremos, educando-nos.
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Não faremos a renovação da paisagem de nossa vida, sem renovar-nos.
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Somos arquitetos de nossa própria estrada e seremos conhecidos pela influência que projetamos naqueles que nos cercam.
*
Que o Espírito de Cristo nos infunda a decisão de realizar o auto-aprimoramento, para que nos façamos intérpretes do Espírito do Cristo.
*
A caridade que salvará o mundo há de regenerar-nos primeiramente.
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Sigamos ao encontro do Mestre, amando, aprendendo e servindo e o Mestre, hoje ou amanhã, virá ao nosso encontro, premiando-nos a perseverança com a luz da ressurreição..
XAVIER, Francisco Cândido. Apostilas da Vida. Pelo Espírito André Luiz. IDE.

XXXV JORNADA ESPÍRITA DE JACAREZINHO 2014


sexta-feira, 11 de julho de 2014

AGENDA CRISTÃ




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Valores da Vida

Todo intercâmbio entre as almas está em constante processo de renovação no sustento da marcha evolutiva de todos.
Nenhum coração pode viver normalmente sem companhia.
Olhar, gesto e palavra, ocorrências naturais em qualquer recanto da vida terrestre, tem significações profundas para a garantia da felicidade.
O olhar exprime os mais diversos sentimentos na mímica da face.
O gesto pode ser o movimentos inicial de grandes ações.
A palavra constrói ou destrói facilmente e, em segundo, estabelece, por vezes, resultados vitais para muitos anos.
Toda criação da consciência reveste-se de importância particular.
Desde o pensamento isolado a germinar da forja do cérebro à plasmagem respectiva, tudo se afirma com valor específico, registrado, medido e julgado por Leis Inderrogáveis.
Modificam-se os valores da vida externa, segundo os valores do entendimento.
Examinemos semelhante realidade.
O arco e a flecha, preciosos para o selvagem, carecem de proveito nas mãos do homem relativament instruido.
Uma enciclopédia mostra expressão diferente aos olhos do professor e aos olhos do analfabeto.
As notas musicais são melodias para o músico e vibrações sonoras para o físico.
O desespero desconhece a paz que mora invariavelmente no centro da vida.
A teimosia apenas aprova o que lhe convém às cristalizações.
O egoismo vê concorrentes em todas as criaturas.
A fraternidade encontra irmãos em todos os companheiros.
A avaliação do bem e do belo varia, portanto, de espírito a espírito, de acordo com o burilamento íntimo de cada um.
Levantemos o pensamento para Jesus.
O Evangelho reune os valores indestrutíveis.
Aproveita o mínimo ensejo de auxiliar aos semelhantes.
Observa o lado nobre das ocorrências.
Ajusta o colorido do otimismo nas telas do cotidiano.
Confia e espera com paciência.
O objetivo maior da Criação é a felicidade real de todos.
Estuda ao redor de teus passos se os seres e as coisas, os fatos e as vidas premanecem estacionários ou progressistas, na procura de valores eternos e, buscando a tua própria integração com o melhor, caminharás firmemente no rumo da perfeição.
VIEIRA, Waldo. Sol nas Almas. Pelo Espírito André Luiz. CEC.

Causa e Efeito - O novo filme espírita nos cinemas

quarta-feira, 9 de julho de 2014

REFORMA ÍNTIMA – A INDULGÊNCIA

   A indulgência talvez seja um dos aspectos primeiros e mais fundamentais para aquele que deseja abrigar o conceito real de perdão e caridade em seu coração. O aprendiz Espírita, não pode abrir mão de cultivar as boas qualidades que levem ao Cristo, e o perdão é uma delas. A paciência também.    A indulgência, também.
  Ao longo do estudo sobre Reforma Íntima, todas as qualidades serão analisadas na medida do possível a esta pobre alma, mas a indulgência receberá aqui o primeiro destaque. Primeiro destacando as instruções dos espíritos que constam no Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, depois, com o complemento de André Luiz, disposto na obra O Espírito da Verdade.
   A indulgência é a nossa capacidade de unir o útil ao agradável, é a qualidade que devemos por batalhar primeiro, elevando o alvo de nossas aspirações.



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO  
 CÁP. X – BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS 
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS, “A INDULGÊNCIA”
JOSÉ
Espírito Protetor, Bordeaux, 1863


16 – Espíritas, queremos hoje vos falar da indulgência, esse sentimento tão doce, tão fraternal,que todo homem deve ter para com os seus irmãos, mas que tão poucos praticam. A indulgência não vê os defeitos alheios, e se os vê, evita comentá-los e divulgá-los. Oculta-os, pelo contrário, evitando que se propaguem, e se a malevolência os descobre, tem sempre uma desculpa à mão para os disfarçar, mas uma desculpa plausível, séria, e não daquelas que, fingindo atenuar a falta, a fazem ressaltar com pérfida astúcia.
A indulgência jamais se preocupa com os maus atos alheios, a menos que seja para prestar um serviço, mas ainda assim com o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, nem traz censuras nos lábios, mas apenas conselhos, quase sempre velados. Quando criticais, que dedução se deve tirar das vossas palavras? A de que vós, que censurais, não praticastes o que condenais, e valeis mais do que o culpado. Oh, homens! Quando passareis a julgar os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos e os vossos próprios atos, sem vos ocupardes do que fazem os vossos irmãos? Quando fitareis os vossos olhos severos somente sobre vós mesmos?
Sede, pois, severos convosco e indulgentes para com os outros. Pensai naquele que julga em última instância, que vê os secretos pensamentos de cada coração, e que, em conseqüência, desculpa freqüentemente as faltas que condenais, ou condena as que desculpais, porque conhece o móvel de todas as ações. Pensai que vós, que clamais tão alto: “anátema!” talvez tenhais cometido faltas mais graves.
Sede indulgentes meus amigos, porque a indulgência atrai, acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta, afasta e irrita.
*
JOÃO
Bispo de Bordeaux, 1862

17 – Sede indulgentes para as faltas alheias, quaisquer que sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como usastes para com os  outros.
Sustentai os fortes: estimulai-os à perseverança; fortificai os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da contrição, estendendo suas brancas asas sobre as faltas humanas, e assim ocultando-as aos olhos daqueles que não podem ver o que é impuro. Compreendei toda a misericórdia infinita de vosso Pai, e nunca vos esqueçais de lhe dizer em pensamento, mas sobretudo pelas vossas ações: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos nossos ofensores”. Compreendi bem o valor destas sublimes palavras; pois não são admiráveis apenas pela letra, mas também pelo espírito que elas encerram.
Que solicitais ao Senhor quando lhe pedis perdão? Somente o esquecimento de vossas faltas? Esquecimento de que nada vos deixas, pois se Deus se contentasse de esquecer as vossas faltas, não vos puniria, mas também não vos recompensaria. A recompensa não pode ser pelo bem que não fez, e menos ainda pelo mal que se tenha feito, mesmo que esse mal fosse esquecido. Pedindo perdão para as vossas transgressões, pedis o favor de sua graça, para não cairdes de novo, e a força necessária para entrardes numa nova senda, numa senda de submissão e de amor, na qual podereis juntar a reparação ao arrependimento.
Quando perdoardes os vossos irmãos, não vos contenteis com estender o véu do esquecimento sobre as suas faltas. Esse véu é quase sempre muito transparente aos vossos olhos. Acrescentai o amor ao vosso perdão, fazendo por ele o que pedis a vosso Pai Celeste que faça por vós. Substituí a cólera que mancha, pelo amor que purifica. Pregai pelo exemplo essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou. Pregai-a como ele mesmo o fez por todo o tempo em que viveu na Terra, visível para os olhos do corpo, e como ainda prega, sem cessar, depois que se fez visível apenas para os olhos do espírito. Segui esse divino modelo, marchai sobre as suas pegadas: elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o descanso após a luta. Como ele, tomai a vossa cruz e subi penosamente, mas corajosamente, o vosso calvário: no seu cume está a glorificação.
*
DUFÉTRE
Bispo de Nevers, Bordeaux

18 – Queridos amigos, sede severos para vós mesmos e indulgentes para as fraquezas alheias. Essa é também uma forma de praticar a santa caridade, que bem poucos observam. Todos vós tendes más tendências a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar. Todos vós tendes um fardo mais ou menos pesado que alijar, para subir ao cume da montanha do progresso. Por que, pois, ser tão clarividentes quando se trata do próximo, e tão cegos quando se trata de vós mesmos? Quando deixareis de notar, no olho de vosso irmão, um argueiro que o fere, sem perceber a trave que vos cega e vos faz caminhar de queda em queda? Crede nos Espíritos, vossos irmãos. Todo homem bastante orgulhoso para se julgar superior, em virtudes e méritos, aos seus irmãos encarnados, é insensato e culpado e Deus o castigará, no dia da sua justiça. O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, e consiste em não se verem superficialmente os defeitos alheios, mas em se procurar destacar o que há de bom e virtuoso no próximo. Porque, se o coração humano é um abismo de corrupção, existem sempre, nos seus mais ocultos refolhos, os germes de alguns bons sentimentos, centelhas ardentes da essência espiritual.
Espiritismo, doutrina consoladora e bendita, felizes os que te conhecem e empregam proveitosamente os salutares ensinos dos Espíritos do Senhor! Para esses, o ensino é claro, e ao longo de todo o caminho eles podem ler estas palavras, que lhes indicam a maneira de atingir o alvo: caridade prática, caridade para o próximo como para si mesmo. Em uma palavra, caridade para com todos e amor de Deus sobre todas as coisas, porque o amor de Deus resume todos os deveres, e porque é impossível amar a Deus sem praticar a caridade, da qual Ele faz uma lei para todas as criaturas.


O ESPÍRITO DA VERDADE
CÁP. 62 - INDULGÊNCIA

62  – Indulgência

    A luz da alegria deve ser o facho continuamente aceso na atmosfera da experiência.
    Circunstâncias diversas e principalmente as da indisciplina podem alterar o clima de paz, em redor de nós, e dentre elas se destaca a palavra impensada como forja de incompreensão, a instalar entrechoques.
  Daí o nosso dever básico de vigiar a nós mesmos na conversação, ampliando os recursos de entendimento nos ouvidos alheios.

    Sejamos indulgentes.
    Se erramos, roguemos perdão.
    Se outros erraram, perdoemos.

   O mal que desejarmos para alguém, hoje, suscitará o mal para nós, amanhã.
    A mágoa não tem razão justa e o perdão anula os problemas, diminuindo complicações e perdas de tempo.
    É assim que a espontaneidade no bem estabelece a caridade real.
Quem não reconhece as próprias imperfeições demonstra incoerência em si mesmo.

    Quem perdoa desconhece o remorso.
    Ódio é fogo invisível na consciência.
    O erro, por isso, não pede aversão, mas, entendimento.
Erro nosso, requer a bondade alheia; erro de outrem, reclama a nossa clemência.
    A Humanidade dispensa quem a censure, mas necessita de quem a estime.
    E ante o erro, debalde se multiplicam justificações e razões.
Antes de tudo, é preciso restaurar o trabalho em andamento, porque o retorno à tarefa é a conseqüência inevitável de toda fuga ao dever.
   Quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais amplo em nós o imperativo de perdoar.

    Aprendamos com o Evangelho, a fonte inexaurível da Verdade.
Você, amostra da grande prole de Deus, carece do amparo de todos e todos lhe solicitam amparo.
   Saiba, pois, refletir o mundo em torno, recordando que, se o espelho, inerte e frio, retrata todos os aspectos dignos e indignos à sua volta, o pintor, consciente e respeitável, buscando criar atividade superior, somente exterioriza na pureza da tela os ângulos nobres e construtivos da vida.

André Luiz