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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Conforto

"Se alguém me serve, siga-me." - Jesus. (JOÃO, capítulo 12, versículo 26.)

Freqüentemente, as organizações religiosas e mormente as espiritistas, na atualidade, estão repletas de pessoas ansiosas por um conforto.
De fato, a elevada Doutrina dos Espíritos é a divina expressão do Consolador Prometido. Em suas atividades resplendem caminhos novos para o pensamento humano, cheios de profundas consolações para os dias mais duros.
No entanto, é imprescindível ponderar que não será justo querer alguém confortar-se, sem se dar ao trabalho necessário...

Muitos pedem amparo aos mensageiros do plano invisível; mas como recebê-lo, se chegaram ao cúmulo de abandonar-se ao sabor da ventania impetuosa que sopra, de rijo, nos resvaladouros dos caminhos?

Conforto espiritual não é como o pão do mundo, que passa, mecanicamente, de mão em mão, para saciar a fome do corpo, mas, sim, como o Sol, que é o mesmo para todos, penetrando, porém, somente nos lugares onde não se haja feito um reduto fechado para as sombras.

Os discípulos de Jesus podem referir-se às suas necessidades de conforto. Isso é natural. Todavia, antes disso, necessitam saber se estão servindo ao Mestre e seguindo-o. O Cristo nunca faltou às suas promessas. Seu reino divino se ergue sobre consolações imortais; mas, para atingi-lo, faz- se necessário seguir-lhe os passos e ninguém ignora qual foi o caminho de Jesus, nas pedras deste mundo.

XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 11.

domingo, 22 de abril de 2012

Elevação

Não te esqueças de que há elevação, segundo o critério das convenções humanas, e há elevação, de conformidade com as Leis Divinas.

Muitos se arrojam à grande altura nos domínios da posse efêmera, abusando da terra e do metal que a vida lhes oferece, por algum tempo, e acabam caídos gritando por socorro nos escombros das próprias ilusões.

Muitos são guindados às eminências da popularidade desfrutando largos valores da inteligência, tão-só para o culto à vaidade que lhes é própria, e descem, à inação cerebral, vitimados, às vezes, por inibições de longo curso.

Muitos se supõem acima dos semelhantes na própria virtude, engodados pela sombra que lhes enceguece a visão, desmandando-se no falso julgamento do próximo e na superestimação de si mesmos, no entanto, caem, quase sempre, de improviso, nos braços da verdade, a fim de reconhecerem as próprias deficiências.

Lembra-te de que todos os recursos e situações do caminho são bênçãos de Deus, convidando-te ao trabalho por todos, no silêncio do bem.

Ninguém se elevará para Deus, humilhando ou perturbando, no campo infeliz da discórdia e da crueldade, ainda mesmo que o nome do Senhor lhes marque a visitação e lhes cintile na boca.

Cultivemos o amor e a humildade com incessante serviço, em auxílio de todos os que nos cercam e o Senhor levantar-nos-á o espírito para os cimos da vida, de vez que somente a Infinita Sabedoria pode determinar a verdadeira elevação de alguém para a luz da imortalidade.

XAVIER, Francisco Cândido. Dinheiro. Pelo Espírito Emmanuel. IDE. Capítulo 17.

* * * Estude Kardec * * *

sábado, 14 de abril de 2012

Sono e Repouso

O sono é uma experiência que faz recordar a desencarnação.

É uma pré-morte ou treinamento para ela, em razão do entorpecimento da consciência, da vontade, e graças à ausência de defesa a que fica exposta a criatura.

No sonho, às vezes, a lucidez espiritual, sintonizando com a vida exuberante, fixa impressões que se incorporam às lembranças em tons agradáveis ou afligentes, representativas dos lugares e pessoas onde e com quem se esteve.

Como ninguém sabe com segurança se, ao dormir, despertará no corpo, mais tarde, dois impositivos se fazem indispensáveis para um bom repouso: a prece e a harmonia mental.

A oração abre as portas da percepção ao indivíduo e o equilíbrio mental o conduz às regiões felizes.

O sono é fenômeno fisiológico de alta magnitude para a vida animal, sem o qual, inúmeros distúrbios se instalam no ser. Não apenas dormir é importante, senão, bem dormir, especialmente para o homem.

O repouso físico aliado ao prazer emocional constitui-lhe fator indispensável à saúde.

*

Antes do repouso noturno, deixa as preocupações à margem.

O travesseiro não aconselha a ninguém.

A noite bem repousada, os encontros espirituais durante a fase do sono, são os propiciadores da inspiração que soluciona as questões em pendência.

Assim, lê uma pequena página de otimismo antes de dormir, a fim de que ela te estimule os centros do pensamento sadio.

Ora com íntima confiança em Deus.

Entrega-te em paz ao repouso.

Quando despertares, estarás renovado e, se retornares à Pátria Espiritual, enquanto o corpo dorme, terás melhor condição de compreender e seguir tranqüilo os novos rumos que a vida te concede.

FRANCO, Divaldo Pereira. Episódios Diários. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 49.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

EDUCAÇÃO E AMBIENTE

    Em 1969, na Universidade de Stanford (EUA), o Prof. Phillip Zimbardo realizou uma curiosa experiência no campo da psicologia social. Ele deixou dois automóveis abandonados na via pública; dois veículos idênticos, da mesma marca, do mesmo modelo e até da mesma cor.
    Um foi deixado no Bronx, uma zona pobre e conflituosa de NY, e o outro em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia. Dois automóveis idênticos, abandonados em dois bairros em populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada lugar. Resultou que o automóvel abandonado no Bronx começou a ser vandalizado em poucas horas. Ele perdeu as janelas perdeu o motor, os espelhos, o rádio, e tudo quando se podia dele retirar. Levaram tudo o que fosse aproveitável e o que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, o automóvel abandonado em Palo Alto manteve-se intacto.
    Diante disso, qualquer de nós diria que a pobreza é a causa dos delitos, atribuição em que coincidem as posições ideológicas mais conservadoras. Contudo, a experiência em questão não terminou aí. Quando o automóvel abandonado no Bronx já se encontrava completamente desfeito - e o de Palo Alto permanecia há uma semana impecável, sem nenhum arranhão - os investigadores foram para Palo Alto e partiram um vidro do automóvel. Surpreendentemente, caro leitor, nos dias seguintes, o veículo - antes respeitado e intacto - passou a sofrer a mesma depredação do carro que ficou no Bronx; o roubo, a violência e o vandalismo do veículo que estava no bairro rico reduziram-no ao mesmo estado daquele que ficou no bairro pobre.
    O que diz você sobre isso? Qualquer pessoa de bom senso vai concluir que o principal motivador da ação do homem não é propriamente a sua condição social, mas a ordem que reina no ambiente em que vive. Se o carro, que ficou no bairro rico, continuasse intacto, com certeza, não seria alvo de depredação. Mas, a partir do momento em que alguém o atacou não faltaram outros que se lançaram contra ele no mesmo ímpeto.
    A vida é assim: uma ação é convite para outra ação semelhante. É desse modo que os semelhantes se atraem, através de vínculos e sintonias mentais. Daí a importância da disciplina. Se uma pessoa entra numa casa e encontra sujeira, ela não se intimidará em jogar mais um papel no chão; mas se a casa estiver limpa e bem cuidada, dificilmente ela ousará quebrar a harmonia do ambiente. Numa rua coberta de detritos, é inútil se colocar uma lixeira para o público usar. O desequilíbrio do ambiente é o principal elemento motivador para ações destrutivas.
    Do mesmo modo, numa casa em que os pais gritam e se agridem, os filhos naturalmente agirão do mesmo modo, sem respeito uns pelos outros. Essa é a tendência, que confirma o Princípio das Janelas Partidas. Nossa tendência, portanto, é seguir a ordem ou a desordem que reina no ambiente.
    Daí a importância de uma educação adequada para as crianças. Não da educação que consiste apenas em dar conselhos, em gritar ou castigar os filhos quando desobedecerem, mas a educação que consiste no exemplo diário dos pais, na harmonia espiritual que eles conseguem dar ao meio familiar.
    A educação do exemplo, na maioria das vezes, nem precisa falar. Ela se transmite por si mesma. As próprias atitudes e o comportamento dos pais é a mensagem suficiente para sensibilizar o espírito das crianças.
Muitos pais reclamam dos seus filhos, quando adolescentes ou adultos, dizendo que fizeram tudo por eles, que nunca deixaram de orientá-los no bom caminho. Mas, quase sempre, se esqueceram de que o exemplo fala mais que as palavras e que as palavras, quando não correspondem aos exemplos, geralmente produzem o efeito contrário e danoso.
    Lembremos do Princípio das Janelas Partidas.
José Benevides Cavalcante - Ação Espírita

domingo, 1 de abril de 2012

Carta aos Jornalistas

Senhores Jornalistas,
Partindo do princípio que o objetivo de todo jornalista ético e sensato é o de informar bem, com coerência, honestidade, dignidade e imparcialidade, preocupando-se sempre com o indispensável conhecimento da causa que leva a reportar, venho apresentar-lhes uma contribuição em cima de um assunto que muitos profissionais do jornalismo, embora bem intencionados, terminam cometendo equívocos lamentáveis, por uma inexplicável ignorância que compromete os seus nomes bem como o dos veículos por onde vinculam as suas matérias ou reportagens.
Falo com respeito ao assunto Espiritismo, tema este que invariavelmente é visto apenas no campo religioso, o que na verdade não é, e sobretudo, o que é mais lamentável, sempre enfocado com afirmativas de conceitos absurdos, oriundos do “achismo” e também de uma cultura criada na cabeça das pessoas, pela intolerância e a desonestidade religiosa.
Não objetivo aqui defender crença ou fé nenhuma, porque não é isto que está em questão. Só quero mesmo prestar contribuição ao gigantesco segmento honesto do jornalismo acerca de uma coisa, como ela realmente é, para que ele esteja melhor informado, sem a menor pretensão de querer fazer com que nenhum profissional o aceite, concorde com os seus postulados e, muito menos, se converta.

Vamos aos assuntos:

Espiritismo não é igreja

Em princípio corrijam a conceituação inicial: Espiritismo não é simplesmente religião. Ele não veio ao mundo com objetivo nenhum de ser religião. Trata-se de uma doutrina filosófica, com base calcada na racionalidade, na lógica e na razão, apenas com consequências religiosas, haja vista que os seus adeptos ficam livres da submissão a qualquer religião, por não serem obrigados a coisa nenhuma e nem serem proibidos de nada. Há centros espíritas que se portam como se fossem igrejas, mas isto é produto da concepção equivocada dos seus dirigentes, que ainda sentem a necessidade da rezação, em que pese o Espiritismo ser algo muito acima disto.

Não existe “Kardecismo”, existe “Espiritismo”

O jornalista equivocado costuma utilizar-se da expressão “kardecismo”, para identificar algo que ele imagina ser uma “ramificação” do Espiritismo, achando que Espiritismo é um “montão de coisas” que existe por aí, quando na realidade não é.
A palavra “Espiritismo” foi criada, ou inventada, como queiram, pelo senhor Allan Kardec, exclusivamente, para denominar a doutrina nova que foi trazida ao mundo, por iniciativa de Espíritos, e que tem os seus postulados próprios.
Portanto, qualquer crença ou prática religiosa que utiliza-se da denominação “Espiritismo”, fora desta que se enquadre nos seus postulados, está utilizando-se indevidamente de uma denominação, mergulhando no campo da fraude. Daí a verdade que o nome disto que vocês chamam de “kardecismo”, verdadeiramente é “Espiritismo”.

Apenas para clarear o campo de conhecimento dos que ainda têm dúvidas, em achar que Candomblé, Cartomancia, Necromancia, Umbanda e outras práticas espiritualistas é Espiritismo, vai aqui uma pequena tabela, exemplificando algumas práticas de alguns segmentos, para apreciação daqueles que consideram relevante o uso da inteligência e do bom senso, a fim de um discernimento mais coerente e responsável.

Veja quem adota e quem não adota o quê.


Como pode, então, um profissional que tem a obrigação de estar bem informado, poder afirmar que Espiritismo e Umbanda são a mesma coisa? Não seria mais coerente dizer que tem mais semelhanças com o Catolicismo, embora não seja também a mesma coisa?
O espírita não tem a menor pretensão de diminuir ou desvalorizar o adepto da Umbanda que, por sua vez, tem também a sua denominação própria que é Umbanda, e não Espiritismo, apenas quer deixar claro que Espiritismo é Espiritismo e Umbanda é Umbanda, assim como Catolicismo é Catolicismo, Protestantismo é Protestantismo.
A afirmativa que alguns fazem, em dizer que tudo é a mesma coisa, com a diferença de que na Umbanda se reúnem negros e pobres e no tal “Kardecismo” se reúnem o que chamam de elites, é extremamente leviana, desonesta e irresponsável. O Espiritismo não faz qualquer discriminação de raças, cor ou padrão social, já que em seu movimento existem inúmeros negros, mulatos, brancos e de todas as etnias.

Allan Kardec não inventou o Espiritismo

Allan Kardec não inventou, ou criou, Espiritismo nenhum. A proposta veio de Espíritos, através de manifestações espontâneas, consideradas como fenômenos, na época, e ele, que nada tinha a ver com aquilo, foi convidado por alguns amigos para examinar e analisar os tais fenômenos, em suas casas, oportunidade em que foi convidado, pelos Espíritos, pela sua condição de pedagogo e educador criterioso, a organizar aqueles ensinamentos em livros e disponibilizar para a humanidade.
Ele foi tão honesto e consciente de que a obra não era de sua autoria, que evitou colocar o seu nome famoso na Europa antiga (Denizard Rivail) como autor dos livros e preferiu utilizar-se de um pseudônimo. É bom que se saiba que o tal professor Rivail era autor famoso de livros didáticos e que tudo o que aparecia com seu nome vendia muito, não apenas na França como em toda a Europa.
Atentem para o detalhe: Os Espíritos optaram por um pedagogo, um professor, e não por um padre, um religioso, o que nos convida a entender que o Espiritismo é escola e não igreja.

Sobre a reencarnação

Não é patrimônio exclusivo do Espiritismo e não foi inventada pelo Espiritismo, posto que é algo conhecido pela maior parte da humanidade, por milênios, muito antes do Espiritismo, que tem apenas 151 anos de idade.
O espírita, depois de estudar a reencarnação, não crê na reencarnação, ele passa a SABER a reencarnação, o que é diferente. Exemplificando: Você crê que a Lua existe ou você sabe que ela existe? Afinal, você pode vê-la e comprovar, inclusive cientificamente? É isto aí.
Portanto a afirmativa de que os espíritas creem na reencarnação é infantil e sem sentido.

Sobre a mediunidade

Também não é patrimônio exclusivo e nem foi inventada pelo Espiritismo. É uma faculdade humana normal e independe de crença religiosa, já que a pessoa pode possuí-la, com maior ou menor intensidade, acredite ou não. O Espiritismo apenas se dispõe a estudá-la, educar e disciplinar as pessoas que a possuem, para que o seu uso possa ser benéfico a elas e aos outros, absolutamente dentro dos elementares padrões de moralidade. Segundo os postulados espíritas ela não deve ser comercializada, nunca, e deve ser utilizada gratuitamente; todavia é praticada comercialmente em alguns lugares do mundo, por pessoas que são médiuns, inclusive honestas, mas nada sabem sobre Espiritismo, numa comprovação de que ela existe fora do meio espírita.
Qualquer afirmativa do tipo que “alguém tem mediunidade e precisa desenvolver” é vinda de pessoas inconsequentes, mesmo algumas que se auto rotulam espíritas, posto que o Espiritismo propõe que a faculdade deve ser educada e não desenvolvida.

Sobre o caráter do centro espírita

É um local que deve atuar como escola e não como igreja. A sua proposta é de estudos, sobretudo da matéria que trata da reforma íntima das pessoas, dando ciência do papel de cada um de nós na terra, da nossa razão de existir enquanto criaturas úteis ao nosso próximo, esclarecimento da nossa condição espiritual no presente e no futuro e, principalmente, a nossa conduta moral.
Recomenda a prática da Caridade, sim, mas de forma ampla no sentido de orientar e informar aos outros sobre os meios de libertações dos conflitos, das amarguras, das incompreensões e do sofrimento em si e não esse entendimento estreito de que Caridade se resume apenas a dar prato de sopa ou roupas usadas para pobres, para qualificar o doador como bonzinho.
Adota Jesus, sim, inclusive como o maior modelo e guia que temos para seguir, concebendo o seu Evangelho como a bula coerente a nos conduzir, e não como sendo ele o próprio Deus.
Enfim, o centro espírita é um local de estudo e não de rezação.

Sobre quem é reencarnação de quem

Recentemente vimos um jornalista afirmar, nas páginas da VEJA, que os espíritas juram que Fulano é reencarnação de Ciclano, o que se constitui em um absurdo. Em princípio espírita não adota jura nenhuma. Segundo, que não consta da atividade espírita a preocupação de quem é reencarnação de quem, uma vez que esta discussão é irrelevante, não tem razão nenhuma, não acrescenta absolutamente nada na proposta espírita para a criatura humana, em que pese alguns espíritas, apenas alguns, (nem todos entendem bem a proposta da doutrina) se ocuparem com esse tipo de discussão.
Falar em quem é ou talvez possa ser reencarnação de quem, é conversa amena de momentos de descontração de espíritas, apenas em nível de curiosidade ou especulação, jamais tema de estudo sério da casa espírita.
Ainda que possa existir, em alguns locais de estudos mais profundos e pesquisas espíritas, interesses em trabalhar as questões da reencarnação, os estudiosos apenas sugerem que fulano possa ser a reencarnação de alguém, mas nunca afirmam, apesar de evidências marcantes e inquestionáveis, quando a condução da pesquisa é séria e criteriosa.
Quem anda dizendo que é a reencarnação de reis, de rainhas e de personagens poderosas do passado não são os espíritas, são apenas alguns bobos que estão no Espiritismo sem consciência do seu papel.

Apologia ao sofrimento

Matérias de revistas e jornais, dentro deste equívoco que nos referimos, chegaram a afirmar, diversas vezes, que o Espiritismo ensina as pessoas a serem acomodadas em relação ao sofrimento e até chegarem a dizer que o sofrimento é bom.
Não condiz com o coerente ensinamento do Espiritismo. Se algum espírita chega a dizer isto, certamente é vítima do masoquismo e, provavelmente, deve praticar um ritual em sua casa, quando, talvez uma vez por semana, colocar a mão sobre uma mesa e dar uma martelada em seu dedo.
Sofrimento não é condição fundamental para a evolução de ninguém, embora entendemos que, ao passar por ele, muitas pessoas terminam acordando para a realidade da vida e mudando de conduta, sobretudo no campo do orgulho, do egoísmo e da presunção.

Mesa branca

Não existe espiritismo mesa branca, alto espiritismo, baixo espiritismo ou qualquer ramificação do Espiritismo, que é um só. O hábito de forrar mesas com toalhas de cor branca, na maioria dos centros espíritas, nada mais é que um hábito de alguns espíritas, de certa forma até equivocados também, uns talvez achando que a cor branca da toalha ou das roupas das pessoas tem algum significado virtuoso, quando na verdade não existe esta orientação no Espiritismo. Muito pelo contrário, seria preferível utilizar toalhas (por que tem sempre que ter toalhas nas mesas?) de outras cores, posto que tecidos em cor branca tem maior facilidade de sujar.
Portanto a citação de “espiritismo mesa branca” é mais uma expressão da ignorância popular, o que não se admite nos jornalistas.


Terapias de vidas passadas

Não é procedimento espírita, em que pese ser recomendável em alguns casos, porém em consultórios de profissionais especializados, geralmente psicólogos ou médicos. É fato, existe, é comprovado, tem resultados cientificamente respaldados, mas não é prática espírita.

Cromoterapia, piramidologia etc…

Se alguém usa uma dessas práticas no espaço físico de uma casa espírita, é por pura deliberação da direção da casa, que se considera livre para fazer o que quiser, até mesmo dar aulas de arte culinária, corte e costura, curso de inglês, informática ou o que quiser, que são atividades úteis, sem dúvidas. Mas não tem a ver diretamente com o Espiritismo.

Sucessor de Chico Xavier

Isto nunca existiu no Espiritismo, em que pese vários jornalistas terem colocado em matérias diversas, quando o Chico Xavier “morreu”, e ainda repetem, talvez querendo estabelecer alguma comparação do Espiritismo (que veem apenas como religião) com a Igreja Católica, que tem sucessores dos papas, quando morrem. Chico Xavier nunca foi uma espécie de papa, de cardeal ou de qualquer autoridade eclesiástica dentro do movimento espírita.
Divaldo Pereira Franco nunca foi sucessor do Chico, nunca teve essa pretensão, ninguém no movimento espírita fala nisto, que é coisa apenas de páginas de revistas desinformadas sobre o que verdadeiramente é o Espiritismo.

A sua relação com a Ciência

Faz parte da formação espírita a seguinte recomendação: “Se algum dia a Ciência comprovar que o Espiritismo está errado em algum ponto, cumpre aos espíritas abandonarem imediatamente o ponto equivocado e seguirem a orientação da Ciência”.
Mas isto não quer dizer que o que afirma determinadas criaturas, como o padre Quevedo, que se apresenta presunçosamente como cientista, deva ser entendido como Ciência, já que ele não é unanimidade e nem ao menos aceito pela maioria dos cientistas coisa nenhuma. Ele é padre, nada mais do que padre, com um tipo de postura que não aceita nem pela maioria do seio católico, quanto mais pelo científico.
Não é à pseudociência ou a opiniões pessoais de um ou outro elemento, que se diz de Ciência, que o Espiritismo se submete, com esta recomendação, é a Ciência, como um todo, em descobertas inquestionáveis.
Até agora a Ciência não conseguiu apontar e muito menos comprovar erro em um ensinamento espírita, sequer.
Se alguém exige, por exemplo, querer provas por parte dos que afirmam que existe vida fora da Terra, por questão de bom senso deve ter também provas de que não existe. Será que tem?

Medicina e Espiritualidade

Alguns médicos, tradicionalmente, sempre afirmaram que os problemas de saúde das pessoas nada tem a ver com problemas espirituais, porque estes se resumem a crendices. Hoje existe um curso de “Medicina e Espiritualidade”, oficial, dentro da USP (Universidade de São Paulo), a maior Universidade do País, onde são estudados estes questionamentos que alguns continuam a dizer que são crendices. Em nível de informação, sugerimos que os jornalistas se interessem em reportar sobre este assunto, sem que vá aqui a menor intenção de querer converter ninguém.

Diante de todo o exposto sugerimos que os grandes veículos de comunicação de massa, obviamente comprometidos com a credibilidade dos seus nomes, repassem estes esclarecimentos aos seus profissionais de jornalismo, não necessariamente para que eles sejam simpáticos à ideia espírita, já que ninguém é obrigado a aceitar coisa nenhuma, mas para, pelo menos, não comprometerem as suas honorabilidades dizendo mentiras, leviandades e até se expondo ao ridículo reportando sobre um assunto que não entendem.